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Horizon: The Frozen Wilds é uma amostra tecnológica imperdível

Horizon Zero Dawn: The Frozen Wilds é a expansão de um dos melhores jogos do ano em todos os sentidos da palavra. Não é apenas mais do mesmo - em termos da tecnologia, é um esforço genuíno para a levar mais além e uma impressionante evolução do Decima Engine da Guerrilla Games. The Frozen Wilds vai além das florestas e planícies do original, convida-te a entrar na região mais a norte para explorar campos e montanhas cobertos de neve. Foram adicionadas novas funcionalidades ao motor para dar ênfase aos cenários e sistemas climatéricos, mas os aspectos centrais da tecnologia permanecem fortes: desde a deslumbrante iluminação à implementação HDR de topo e a performance suave, não há dúvida que Horizon é um jogo lindo.
Onde é que Frozen Wilds inova? Comecemos pela nova tecnologia de deformação da neve. Ao passar por áreas repletas de neve, Aloy e outras entidades deixam marcas na paisagem de uma forma realista. Estes rastos permanecem por algum tempo após passares pelos locais. Isto significa que, após um confronto, podes até seguir o rasto de deformação em torno do campo de batalha e relembrar a luta. Além disto, a neve deforma-se à tua passagem, as texturas da relva ficam visíveis criando a ilusão que a neve está em cima da relva.

Melhor ainda, ao passar pela neve, a animação de Aloy é ajustada. Os seus pés pontapeiam neve de forma realista, enquanto as texturas de neve se colam ao seu modelo. O resultado é uma sensação convincente de uma paisagem repleta de neve que estava ausente em áreas similares do original. Isto fica ainda melhor com os chuveiros de neve. Frequentemente espessa, o uso de partículas de neve iluminadas consegue criar a atmosfera correta para cada cena.
Tudo isto complementado por uma bela palete de cor. Os artistas escolheram cuidadosamente a combinação certa de cores para cada cena - desde o brilho rosa do nascer do sol aos topos gelados das montanhas, a recriação dramática da luz e cor é de topo. Outra bela adição ao jogo pode ser vista nas piscinas de água. Apesar da implementação dos reflexos screen-space ficar aquém das expectativas, estas piscinas e rios congelados apresentam uma camada de gelo interativa. Ao passar pela água, Aloy deixa um rasto, também ele persistente - desde que permaneças dento da área.

As paisagens de Horizon estão construídas sobre regras processuais, que afectam as condições climatéricas. Perante um inimigo que cospe fogo, as camadas de gelo nas superfícies de água parecem derreter - um detalhe impressionante. Cada uma destas novas funcionalidades ajuda a melhorar a experiência Horizon, criando um mundo mais interactivo e coeso.
Os habitantes robóticos são uma parte importante do aspecto e tom de Horizon Zero Dawn, a forma como interagem com o jogador é muito importante para manter essa sensação. Cada criatura está desenhada para interagir com Aloy de acordo com um conjunto de regras pré-definidas. Se uma criatura à distância visualizar o jogador, vai-se aproximando para determinar se és uma ameaça. Podes esconder-te desta ameaça e evitar o conflito.
Então como procura pelo jogador e o que determina o seu comportamento? O vídeo nesta página mostra o processo, mas resumidamente, o inimigo tem um cone de visão de duas fases - na primeira, o cone amarelo maior representa o seu estado de alerta, enquanto a barreira vermelha ativa uma reação imediata. Se o jogador se esconder na relva, o inimigo é forçado a procurar, se for contra o jogador ou o visualizar dentro da esfera de proximidade, passa para modo de ataque. Esta lógica é aplicada a diferentes inimigos, com ajustes de acordo com o tipo de inimigo.
O que torna isto mais impressionante é a lógica - os inimigos podem navegar pelo terreno e evitar obstáculos, mas estes obstáculos podem ser ajustados em tempo real. Se um ajuste foi feito ao terreno, a IA reage de forma dinâmica e evita isto de uma forma realista, completa com animações e som de reação.
Temos então um pequeno vislumbre de como os personagens e missões podem funcionar, mas e quanto ao aspecto visual? Horizon apresenta modelos de personagens incrivelmente detalhados com grandes números de triângulos e sistemas de cabelo e roupa complexos, que lhes permitem reagir naturalmente ao movimento físico.
Quando reduzes o modelo à sua versão mais básica, o puro nível de detalhe evidencia-se. Todos os personagens em Horizon são modelados perante um padrão excepcionalmente elevado, de forma a dar aos programadores a liberdade para usar os personagens que querem com a frequência que quiserem. A expansão introduz novos personagens, mas também existem variantes de modelos anteriores.
Depois temos a iluminação e o mundo em si. Começa com os céus fenomenais. A Guerrilla colocou um funcionário a estudar o comportamento das nuvens e a sua renderização para descobrir a solução ideal. As formações e movimento das nuvens são gerados com fidelidade, ao ponto do custo por fotograma ser relativamente elevado - especialmente quando as nuvens estão totalmente visíveis. No entanto, este custo foi cuidadosamente incluído no orçamento geral de renderização.
A iluminação no mundo também é interessante. Horizon usa uma iluminação global pré-calculada, mas para que isto funcione com o seu sistema dinâmico de hora do dia, o motor alterna entre seis diferentes iluminações consoante o dia decorre. Isto é combinado com outras passagens de iluminação para dar a sensação de iluminação indirecta real a partir da luz solar em movimento. Horizon também usa uma multitude de passagens de iluminação para construir cada cena, começando com luzes brilhantes tais como o céu acompanhado por luzes locais directas, como tochas. Isto é depois acompanhado por iluminação estática indirecta e passagens solares reflectidas antes do sol e céu serem renderizados. Depois existem reflexos de luz espalhados pelo cenário, antes da última camada de textura ser apresentada.
Naturalmente, todos estes sistemas são usados no original e na expansão, uma vez que partilham o mesmo mundo e a mesma tecnologia. Mas o que impressiona é o quão bem corre. Na Pro, em modo de alta resolução a 4K, a expansão corre com a mesma suavidade do original (que foi melhorado com optimizações adicionais desde o lançamento). O jogo corre muito bem. Horizon foi construído com um motor pensado para 30Hz, mas o excelente motion blur ajuda a criar uma experiência fluída e consistente.


Mas não é perfeito. Testamos a expansão na Pro e descobrimos que no modo high-res sofre ocasionais quedas. Também tens o modo performance. Foi adicionado pouco depois do lançamento e desce a resolução de 2160p checkerboard para 1368p nativa para assegurar 30fps mais firmes (o campo de profundidade e passagens volumétricas também ficam melhores). Este modo foi desenhado para adicionar 10% de margem de manobra ao jogo, enquanto tenta elevar ao máximo possível a resolução nativa. A sensação geral é que isto resolve este tipo de quedas. Tendo em conta que a maioria do jogo corre a 30fps fixos, recomendamos o modo 2160p - mas quem joga num ecrã 1080p deverá testar os dois modos e ver qual prefer.
The Frozen Wilds relembra-nos tudo o que é bom no original e segue em novas direções. Existe a sensação que os artistas e designers criaram um dos mundos abertos mais espantosos que podes conhecer. Tudo desde a densidade por cena, a escolha de cor, fluidez da animação e volume dos assets é realmente impressionante. Já vimos muitos jogos abertos de grande tamanho, mas a Guerrilla Games está no topo da indústria. Mesmo com a crescente fatiga de mundos abertos, descobrimos que o mundo e lore eram interessantes o suficiente para continuarmos a jogar, enquanto a qualidade dos visuais e solidez da apresentação não têm rivais. Horizon Zero Dawn é um jogo essencial - a expansão reforça a experiência.

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