Michael Pachter, o controverso analista na Wedbush Morgan, apresentou o seu mais recente episódio do programa Pachter Factor onde respondeu a perguntas dos fãs sobre diversos temas.
Uma das questões fala das editoras como a Take-Two e Ubisoft que estão a ganhar mais dinheiro com as micro-transações, conteúdos adicionais, expansões e Passes de Temporada, do que com a venda do jogo em si.
Questionado se isto representa uma prova incontestável que estamos num ponto de viragem na indústria e que as editoras vão apostar ainda mais nas micro-transacções, Pachter responde que não existem dúvidas: não há mais volta a dar e as receitas digitais adicionais são agora a maior fonte de rendimento para as grandes editoras.
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No entanto, Pachter acredita que o problema poderá estar no preço dos videojogos, ou no modelo de negócio atual, e que o modelo free-to-play poderá ser o mais indicado.
"Se olhares para jogos como Clash of Clans no mobile, League of Legends e World of Tanks para PC, são jogos gratuitos e fazem literalmente mil milhões de dólares por ano em micro-transações. Nos gratuitos, existe muito dinheiro para ganhar com as micro-transações."
Pachter diz que seria muito difícil uma editora como a Take-Two, Activision ou a EA tornar jogos como Grand Theft Auto ou FIFA gratuitos, pois estariam a abdicar de milhares de milhões que ganham ao vender os jogos."O problema é que se desenvolves um jogo como FIFA ou Call of Duty, a Activision e a EA são acusadas de ganhar milhares de milhões de dólares a vender jogos a 60 dólares e depois tentam ganhar mais dinheiro com as micro-transações."
No futuro, a solução poderá passar por criar jogos singleplayer no modelo de negócio actual, com a componente multiplayer disponível em separado e gratuita. Quem comprar o jogo pelo singleplayer teria acesso com benefícios ao multiplayer, mas essa vertente estaria disponível na mesma à parte, apoiado por micro-transacções.
Para Pachter, as micro-transações encontram um bom exemplo em Overwatch, onde são opcionais e ninguém é forçado a investir.
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