Ghost of Yotei: Sucker Punch responde às críticas de ser “mais do mesmo”

 Não quer reinventar o original.

Desde que foi mostrado no State of Play, Ghost of Yotei, a continuação direta de Ghost of Tsushima, tem recebido várias críticas. Para muitos, o jogo apresenta uma evolução visual e algumas novas mecânicas interessantes. Mas, a maioria acha que é “mais do mesmo”. Para responder a essas críticas, os diretores da Sucker Punch, Jason Connell e Nate Fox, falaram sobre isso numa entrevista com o GameSpot, explicando como tentaram equilibrar inovação e continuidade.

A ideia de manter uma identidade visual e mecânica familiar não foi por acaso, segundo Connell e Fox. Foi uma decisão consciente. Para o estúdio, abandonar os pilares que fizeram o sucesso de Tsushima, como a direção artística inspirada no cinema samurai ou a precisão letal nos combates, seria comprometer a alma do jogo. Mas mesmo assim, a equipa diz que tentou trazer elementos “novos” que renovam a experiência sem distorcer o que faz a série ser o que é.



Entre as novidades está o sistema de memória, que permite ao jogador reviver momentos da infância da protagonista Atsu, criando uma ligação mais emocional com a personagem. Outra mudança está no combate: a estrutura de postura foi alargada com novas armas que oferecem diferentes possibilidades táticas, como usar o kusarigama para ataques em zona ou dar estocadas com lanças perto de penhascos.

A questão da liberdade também foi abordada. A Sucker Punch diz que quer agradar tanto quem segue a história principal quanto quem prefere explorar o mundo aberto. Para isso, criaram um sistema que orienta sem forçar, dando dicas subtis sobre as armas, armaduras e objetivos opcionais, sem atrapalhar o andamento da história.

Quanto às semelhanças visuais com Tsushima, Connell admite que o estilo foi mantido de propósito, mas melhorado. Com a chegada da PS5 Pro, o estúdio conseguiu implementar melhorias gráficas, como renderização em 4K, melhor visibilidade do terreno à distância e deformações da neve e lama durante o combate, mas sem recorrer ao realismo fotográfico, mantendo o estilo característico.

A equipa também diz que Ghost of Yotei não é uma repetição da história do jogo anterior. Enquanto Tsushima mostrava como Jin Sakai rompeu com o código dos samurais, Yotei apresenta Atsu, uma mercenária sem honra tradicional, cuja transformação emocional é marcada pela solidão, o luto e a construção de novas relações pessoais. Em vez de repetir temas, a narrativa mostra outra faceta do conceito de “fantasma” no Japão feudal.

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