Jeff Ross, diretor em Days Gone, mas que entretanto já saiu da Sony Bend Studios, confirmou que a sequela foi proposta à Sony Interactive Entertainment, que recusou a possibilidade de desenvolver um novo jogo nesta propriedade.
Após o artigo apresentado por Jason Schreier do Bloomberg, no qual revela que a Sony recursou Days Gone 2 e que preferiu colocar parte da Sony Bend a apoiar a Naughty Dog, o que motivou parte da chefia da Bend Studios a sair, Ross falou com David Jaffe no seu canal Youtube e confirmou que Days Gone 2 foi proposto à Sony, mas recusado.
Ross diz que não tem autorização para partilhar o porquê de ter sido cancelado, mas partilhou alguns detalhes sobre as ideias para a sequela, que teria uma componente online muito importante. Atualmente a trabalhar na NetherRealm Studios, Ross diz que saiu da Bend Studios devido a motivos pessoais e não devido a Days Gone 2 ter sido recusado, mas confirma grande parte do que Schreier relatou e dá a entender que as vendas de Days Gone foram um dos motivos que levaram a Sony a não aceitar a proposta.
"Penso que não foi confirmado publicamente o estado de Days Gone 2. Não quero ser o tipo que se torna na fonte oficial seja do que for," respondeu Ross após ser questionado por Days Gone 2.
"Para responder à tua questão, nesse contexto, digo apenas que o cálculo para a Sony neste momento é, quando um jogo como Days Gone começou, éramos 45 pessoas, andámos a perfuntar como poderíamos construir um jogo em mundo aberto com 45 pessoas, a resposta foi crescer. Mudámos o nosso número de 45 para algo como 120."
"Days Gone vendeu mais cópias que todos os outros jogos do estúdio combinados. Por isso, dessa forma, teve sucesso e na comunidade e resposta dos jogadores. Mas a crítica, sim, foi a Praia da Normandia."
Segundo Ross, o orçamento final para Days Gone foi muito superior ao apresentado original e esse valor final do primeiro seria o ponto de partida para Days Gone 2, explicando que os jogos AAA estão-se a tornar muito caros de desenvolver.
"O retorno do investimento para jogos em que tens de vender 4 ou 5 milhões de cópias para recuperar os gastos, é preciso haver confiança no retorno, uma vez que a Sony não tem o dinheiro que a Microsoft tem e têm se o usar de forma muito inteligente e têm de permanecer focados num catálogo diversificado."
Ross acrescentou ainda que a ideia de Days Gone 2 era corrigir as falhas do primeiro, jogo que considera um sucesso comercial, adicionando o desejado cooperativo que não conseguiram implementar no primeiro, mas sempre o desejaram fazer.
Sobre a forma como a Sony está a gerir o negócio, Ross diz que "a Sony precisa gerir de forma responsável o negócio. Não faz mal tomarem decisões baseadas na previsão do retorno do investimento pois precisam de dinheiro para financiar o próximo jogo."
"Para a Sony, cada era é sobre sobrevivência. Nunca tiveram imenso dinheiro, têm de ser inteligentes. Penso que os fãs devem compreender isso antes de começarem aos insultos."
0 Comentários
Nos deixe saber sua opinião...