Astro entra nos níveis agarrado ao Dualsense, a sua nave, mas antes de aterrar já estás a jogar pois podes movimentar o comando para pilotar a nave, o que permite obter itens especiais em alguns casos. Assim que aterras, começas a controlar o pequeno Astro e se jogaste Playroom, é como andar de bicicleta, não esqueces e faz sorrir. Do Dualsense em si escutas diversos sons que tornam mais eufórica a experiência de jogo e evidenciam o quão empolgados ficam os pequenos Bots quando os salvas, a vibração que se dispersa pelo comando de acordo com o tipo de terreno ou direção dos acontecimentos, a pressão nos gatilhos, tudo o que adoras em Playroom está de volta, mas numa escala superior.
Astro Bot é muito familiar, em todos os sentidos da palavra pois é um jogo que já conheces e que podes jogar com toda a família a sorrir ao teu lado. O objetivo de salvar os bots incentiva-te a movimentar a câmara para procurar por áreas secretas em todo o lado, a tentar chegar a todos os locais possíveis na área de jogo, e o design colorido pensado para tornar incrivelmente fluída e natural a leitura da informação visual ajudam a engrandecer o ritmo de jogo. Identificas rapidamente todas as zonas de interesse com as quais podes interagir. Além disso, o convite à interatividade é muito maior.
Nem todos os bots estão visíveis na área principal do nível, alguns estão escondidos noutras áreas e tens de procurar as “portas” para essas zonas. Isto motiva-te a interagir com todos os elementos do cenário pois desperta a vontade de encontrar todos, terminar o nível torna-se quase numa tarefa secundária. O primeiro nível é relativamente simples, mas introduz a mecânica de poderes especiais que terás em cada planeta, elemento que diversifica imenso o gameplay e origina momentos muito divertidos.
Colorido, familiar e expandido
O segundo planeta, numa área de construção no meio de uma cidade, expande a graciosidade da experiência Astro Bot, ao mostrar pequenas rotas extra com segredos, mais mecânicas para combater os inimigos, e um design que pretende potencializar a fluidez de movimento. O objetivo é claramente criar dinamismo, deixar-te empolgado, por mais simples que seja o nível. A Team Asobi não recorre a artificialidades para prolongar a longevidade dos níveis, pretende que te divirtas e saibas sempre para onde ir para sentir um belo fluir pelos níveis. Claro que estarás sempre a parar para procurar segredos e observar os inúmeros detalhes cómicos.
O terceiro planeta que jogamos é na verdade uma boss fight contra um polvo gigante, mais um momento que evidencia como Astro Bot está desenhado para fazer da simplicidade uma arma a seu favor. Não existem barras de vida, tudo está no gameplay propriamente dito, que te incentiva a olhar para as pistas visuais para saber para onde escapar, onde acertar e como as novas luvas de Astro (com molas que permitem acertar ao longe) são usadas em momentos específicos para vencer. Isto já existe em inúmeros jogos, por isso o que destaco é o sucesso na tentativa da Team Asobi em implementar isto. Apanhas as luvas e nos segundos que demoras a chegar ao Boss já as aprendes a usar. Quando lá chegas, já sabes que terás de as usar em pontos específicos e nos momentos oportunos. Sem tutoriais, sem explicações, como feito pelos melhores.
Jogamos ainda um pequeno nível desafio, uma sucessão de obstáculos que brincam primeiro com o movimento horizontal, depois com a perspectiva e verticalidade, para terminar num desafio ao ritmo e reflexos. Foi um pequeno momento muito divertido, mais desafiante e que parece servir de amostra para o que os mais exigentes vão ter na versão final.
Ainda há engenho japonês no PlayStation
Este primeiro pequeno contacto com Astro Bot foi a validação de tudo o que senti no final de 2020: mais Astro só pode ser boa coisa e a Team Asobi sugere ter talento para uma experiência de maior escala. Quatro anos depois, estamos muito mais perto de ter esse momento. Astro Bot chega a 6 de setembro e poderá entregar à PlayStation uma nova grande mascote que liderará os futuros esforços para diversificar a sua audiência.
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