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E3 2016: FINAL FANTASY XV É O RETORNO DO REI DOS RPGS

Após quase 10 anos de desenvolvimento, a chegada de Final Fantasy XV é um grande alívio. Na superfície, a julgar pela ação em tempo real que vemos nos trailers (até o momento), parece que teremos um distanciamento das raízes da franquia, mas não se engane: as temáticas principais de amizade, profundidade de personagens, customização de grupo e narrativas cheias de drama que compõem uma série de 29 anos de idade estão todas aqui.



Cada capítulo desta aclamada franquia de RPG se arriscou em várias ideias. FFX descartou o popular sistema de ATB para um sistema totalmente por turnos. FFXI mudou a fórmula e se tornou um MMORPG. Já FFXII balançou o ritmo com sua campanha épica e formato aberto de missões. A Square já é conhecida por alterar a infame e apetitosa receita de Final Fantasy.

Determinados a mudar a tradição da série mais uma vez, o maior nome dos RPGs japoneses vai tentar algo novo ao mesmo tempo que pretende manter seus pontos mais fortes. Passamos duas horas absorvendo tudo o que pudemos e ficamos impressionados, apesar do estado bruto da demo pré-E3 da Square. Durante nossa seção hands-on, observamos algumas engasgadas técnicas e fomos obrigados a reiniciar algumas vezes, mas os sistemas de FFXV entregaram uma mensagem muito clara: este ambicioso novo título tem um mundo viciante e vasto para explorar, muitas sidequests para descobrir, elenco carismático, um sistema de batalha divertido e algumas das paisagens mais bonitas que já vimos nesta geração de consoles.

Não é mais um bromance ruim

Nossa demo de Final Fantasy XV começa relativamente devagar (e imediatamente após uma cutscene introdutória totalmente secreta). O príncipe Noctis e seus três fiéis amigos Ignis, Gladiolus e Prompto estão viajando para Altissia para que ele possa se casar com sua amiga de infância, Luna. É um arranjo político, um que vai fortalecer a relação entre dois reinos, mas a jornada não está fácil para o noivo: o grupo acaba ficando sem gasolina para o veículo Regalia -- um absurdamente largo e conversível carro. Já que eles não podem contar com a gentileza de estranhos para ajudá-los, eles decidem empurrar o carro preto, que pertence ao pai de Noctis, até a Hammerhead Station para reparos.

O início sombrio de FFXV é apenas a arrancada de uma longa jornada entre amigos, mas também representa uma história do laço entre quatro amigos -- um alívio em relação às aventuras conturbadas dos últimos FFs. Ao longo da campanha, você aprende mais sobre a rica história entre Noctis e seu grupo, conforme eles superam desafios e obstáculos juntos.

Cada membro do grupo tem hobbies únicos, traços de personalidade e talentos que têm importância no espectro maio do jogo. Ignis é uma mistura de maturidade e inteligência, um par de características que se encaixa bem com suas tarefas diárias de dirigir e cozinhar. Gladiolus preenche o papel de irmão mais velho do grupo e, como o maior membro do grupo, suas habilidades de sobrevivência são ferramentas vitais em batalha. Por fim, temos Prompto, o tipo de irmão mais novo, brincalhão e bobão que deixa a idade transparecer facilmente. Ele quer documentar cada parte da aventura com seu celular, então espere muitas fotos de Prompto ao fim de cada dia.

Um Final Fantasy para veteranos e iniciantes

Ter que arrecadar dinheiro para consertar o Regalia para que Noctis volte à estrada é uma circunstância infeliz no começo e familiar para qualquer um que jogou FFXV: Episode Duscae, mas este primeiro capítulo oferece mais do que um remix do que aconteceu na demo. Muitas coisas mudaram: o combate foi completamente alterado e não tem suas bases calcadas em um set específico de armas ou ataques QTE. O sistema de combate em tempo real é muito mais livre agora e, até o momento, corresponde à ideia de ser para um Final Fantasy tanto para veteranos quanto para iniciantes.

A natureza acrobática do combate em tempo real de FFXV é tão viciante quanto é fluída, e alimentou meu desejo de continuar procurando monstros mesmo após juntar dinheiro o suficiente para consertar o carro. O fato de que você pode controlar apenas Noctis em um grupo de quatro integrantes pode desapontar alguns, mas seu repertório de ataques físicos e mágicos o tornam um personagem divertido de controlar. Ele pode combinar ataques de teleporte com uma série de golpes ferozes. Você pode equipar até quatro opções ofensivas de armas e trocar entre elas rapidamente usando o d-pad


s posições de defesa de Noctis o permitem executar movimentos evasivos e contra-ataques com quick-time-events e cada uma dessas opções consome um pouco de MP. No geral, isto compõe um sistema inteligente que mantém o combate "com os pés no chão" por conta das consequências: ficar sem MP deixa Noctis vulnerável, então você deve ajustar entre ofensiva e defensiva. O maior desafio não foi lidar com inimigos comuns, mas sim aproveitar o potencial máximo das magias. Os feitiços normais não possuem um sistema de mira automática e fixa em alvos, então você deve estar a uma distância segura ou esperar por alguma distração para acertar as magias em inimigos mais agressivos.

Magias facilmente reconhecíveis como Fira e Blizzara retornam, mas o novo sistema torna as magias em itens de uso limitado, que você pode recarregar usando recursos durante a aventura. Para alguns isto pode soar horrível pela semelhança com o sistema de Draw em Final Fantasy VIII -- em que você precisava extrair magias de inimigos e estocá-las para usar em batalha -- mas FFXV direciona essa ideia para algo positivo. Sim, magias sintetizadas requerem materiais, mas elas podem ser modificadas para terem propriedades especiais. Pegue 20 cristais de fogo e misture com uma poção e você cria uma magia híbrida capaz de curar e queimar inimigos ao mesmo tempo.


Uma grande aventura

Quer você esteja na Hammerhead Station ou em Galdin Quay, um oásis tropical e uma paisagem maravilhosa que contrasta com o deserto desolado que você en encontra pelo caminho, há muito para ver no mundo aberto de FFXV. A visão artística elaborada da Square é estonteante, com controle livre da câmera enquanto você anda com o Regalia. A escala geral e direção de arte é um feito impressionante que mistura elementos de fantasia como Chocobos com localidades reais, que fica muito natural.

Para aprender mais sobre os lugares e descobrir o que fazer em seguida, você deve entrar em lojas e conversar com NPCs para coletar informações. Essas dicas apontam Noctis e seu grupo a materiais valiosos e outras missões opcionais na área. Ciclos de dia e noite trazem inimigos diferentes, então você pode sair à noite para encontrar monstros mais poderosos.


A escala das maiores criaturas que vimos no começo realmente nos surpreendeu: uma missão em Galdin Quay nos levou a uma pedra preciosa próxima a um enorme pássaro. Após a demonstração, um membro da equipe de desenvolvimento invocou Titan, um gigante aliado que aparece em outros jogos da franquia. Ele arremessou uma pedra que matou instantaneamente um grupo de inimigos. Foi um momento muito legal, mas representantes da Square nos disseram que Titan não será tão poderosos assim na versão final.

Após duas horas com a campanha de Final Fantasy XV, não posso evitar traçar a linhagem da franquia da Square Enix na minha mente. Os dois primeiros capítulos não me passaram a impressão de um trabalho derivativo e o núcleo da história é calcado em caracterizações fortes e gráficos de ponta, coisas que definem Final Fantasy. Você quase consegue imaginar o diretor Hajime Tabata e sua equipe passando os últimos anos jogando outros games e dizendo: "Hey, esta não seria uma ótima ideia para implementar em um Final Fantasy?". E, de alguma maneira, o tempero único mistura diversos sabores para formar um RPG moderno, coeso e ambicioso.



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