South of Midnight review - a grande pérola Xbox desta geração

 Graficamente espetacular, simples e divertido de jogar.

South of Midnight é uma das maiores pérolas desta geração, um design que nos remonta aos tempos da PS3, com uma qualidade gráfica espetacular, com gameplay fácil de aprender e muito divertido, que flui em bom ritmo. É um título para apreciar e acarinhar.



South of Midnight da Compulsion Games é o tipo de jogo que exibe um estúdio em plena confiança sobre a sua identidade. Após experimentar com diversos conceitos para um multifacetado We Happy Few, a produtora do Canadá entrega o seu primeiro jogo como parte da Microsoft Gaming no qual regressa às suas origens, onde exibe muito do engenho que torna Contrast de 2013 num jogo cativante. No entanto, South of Midnight está noutro patamar.

Este é um jogo cujo design nos leva de volta aos tempos da PS3, para a era de ouro das experiências cinematográficas lineares, cuja humanidade das personagens e enredos nos deixaram hipnotizados com diversas obras. Uma era na qual a simplicidade do design era uma arma a favor destas experiências, focadas em empolgar o jogador com a qualidade visual e o enredo, sem de forma alguma se desleixar na sua jogabilidade.

South of Midnight é tudo o que me faz adorar os videojogos, um título de ação simples de jogar, altamente divertido, com uma componente gráfica inspirada e repleta de arte, capaz de te fazer preocupar pelo que acontece à protagonista, com momentos de narrativa super previsíveis, mas outros nos quais surpreende.

Uma históra para a família

South of Midnight é um daqueles jogos repletos de alma, com mensagens pertinentes a suportar a sua narrativa, sem prescindir do elemento de fantasia que torna tudo mais empolgante. Hazel é a protagonista, uma jovem do sul dos Estados Unidos, que no meio de uma fortíssima tempestade perde a sua mãe, que ainda estava em casa quando a força das águas a levam pelo rio abaixo. Quando Hazel corre para tentar salvar a sua mãe, ela descobre poderes mágicos e sem o imaginar, mergulha numa jornada pelo folclore do sul dos Estados Unidos.

Hazel conquista de imediato pois não é uma personagem unidimensional, apresentada como a “boazinha” que não faz nada de errado e tem sempre razão. A Compulsion criou uma personagem com várias camadas, que enquanto aprende sobre o outro reino que existe em paralelo com o nosso, também explora o seu passado e evolui como pessoa. Ao longo da jornada, vais assistir a momentos que exploram as várias facetas de Hazel, incluindo cenas nas quais a sua teimosia e a tão característica tempestuo idade adolescente a leva a cometer graves erros, o que confere um carácter muito mais humano tanto à personagem como o enredo.

No meio disto, ela vai descobrir os seus poderes como Tecelã, capaz de visualizar as criaturas mágicas na sua terra, algumas delas vão ajudá-la, outras atacá-la, e outras vão receber a sua ajuda, enquanto aprende a dominar os seus poderes e obtém novos. A Compulsion combina o passado de Hazel com a história do próprio local onde o jogo decorre e isso ajuda imenso no carisma e força desta narrativa.

Em termos de jogabilidade, isto faz-se sentir nos vários Estigmas espalhados pela terra onde mora, nascidos da dor de humanos que sofreram tanto que a mágoa os levou a transformarem-se em criaturas de fantasia. Isto também resulta em Estigmas, pontos que deves destruir, mas estão protegidos por criaturas nascidas desse Estigma.

Postar um comentário

Nos deixe saber sua opinião...

Postagem Anterior Próxima Postagem